quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Fazer o bem sem olhar a quem

Casa de Apoio ajuda portadores de câncer a conviver melhor com a doença e buscar qualidade de vida diante das dificuldades.


A filantropia é uma das principais fontes de renda a favor de causas humanitárias. Essa é a função da Casa de Apoio Madre Tereza, em Arapongas, que desenvolve um trabalho de auxílio e acompanhamento a pacientes portadores de câncer. A Casa atende Arapongas, Apucarana, Jaguapitã e outras cidades vizinhas bem como a região do Vale do Ivaí.
A assistente social da Casa de Apoio, Érica Regina do Carmo, explica que o objetivo é dar todo o amparo necessário ao paciente e à família. “Fornecemos cestas básicas, suplementos, e pagamos até exames de urgência que o paciente não pode esperar pelo SUS”, conta. “Cedemos também transporte para os pacientes mais debilitados, já que precisam ir até Apucarana ou Londrina para fazer o tratamento da quimioterapia”.
A Casa atende cerca de 360 pacientes, e é mantida somente por doações. “Fazemos campanhas para arrecadar roupas, alimentos e remédios. Também contamos com voluntários que visitam os pacientes a fim de dar apoio moral. Temos um advogado que cuida dos direitos legais do paciente e não cobra nada por isso”, afirma a assistente.
Embora haja apoio, Érica destaca que ainda faltam recursos para melhorar o atendimento. “Devido à crise, estamos passando por dificuldades nesse ano. O dinheiro é contado e repassado para o paciente”, diz.
Apesar dos problemas financeiros, a entidade promove festas em datas comemorativas. “Sempre gostamos de fazer algo para não passar em branco. Vamos promover uma festinha para a Páscoa, e ganhamos quase tudo, salgadinhos, refrigerante, até brindes para os pacientes”, conta empolgada.
Segundo Érica, a satisfação de trabalhar em prol dos outros não tem preço. “Vejo o sentimento de gratidão que os pacientes têm por mim e por todos os meus colegas. Eles vêm aqui só para nos ver, trazem bolachas, milho, abacate. Nós somos uma família para eles”. Um paciente que recebe auxílio da entidade declarou. “Aqui é um lar, porque como o próprio nome diz temos apoio.”
Para se cadastrar e receber o auxílio da Casa é preciso comparecer ao local e levar documentos e laudo médico. Dúvidas sobre cadastro ou doações no telefone (43) 3274 4500.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Psicoterapia e acupuntura


Além dos remédios, outros tipos de tratamentos podem contribuir para a melhora do paciente e resgatar a qualidade de vida.

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão será a doença que afetará mais pessoas nos próximos 20 anos. Tanto a depressão como outros distúrbios emocionais afetam até mesmo pessoas que tem uma vida normal sem graves problemas de saúde física.
Geralmente, a primeira atitude tomada pela maioria das pessoas é procurar um especialista, como um psiquiatra, buscando alívio através de medicamentos. O que pouca gente sabe, porém, é que a medicina atual traz várias alternativas para lidar com doenças emocionais que não se resume aos medicamentos alopáticos. “Hoje em dia, a acupuntura já é reconhecida pela OMS como terapia no tratamento de mais de 40 doenças”, disse a farmacêutica-bioquímica, Renata Conselvan, especializada em acupuntura com aperfeiçoamento na China.
A acupuntura funciona trazendo equilíbrio ao organismo. O tratamento é feito com agulhas que provocam estímulos para equilibrar o que está em excesso ou em deficiência. Pessoas que sofrem de muita ansiedade, depressão, insônia ou stress podem recorrer à acupuntura como alternativa aos medicamentos. “Para os pacientes que já fazem uso dos remédios devidamente prescritos pelo médico, a acupuntura vem como complemento no tratamento da doença”, explica Renata.
O tratamento nestes casos é feito sempre com o acompanhamento do médico. “Tenho uma paciente que fez tratamento e conseguiu reduzir muito o medicamento. O ansiolítico diminuiu e ela parou com o remédio para dormir”, argumentou a acupunturista.
Na acupuntura, a cura pode ser possível, dependendo da gravidade da doença em questão. “O importante é que a acupuntura é feita primariamente como prevenção, mas a verdade é que as pessoas só nos procuram quando já estão com algum problema”, afirmou Renata.
Outra forma de tratamento são as diversas linhas de psicoterapia. A psicólogo Patrícia Hirata, doutora em , explica que quanto menos medicamento, melhor para o paciente. “Claro que se o paciente já utiliza remédio, o psicólogo não vai retirar. Porém, quanto antes se procurar um psicólogo melhor é”, afirmou.
Nas psicoterapias, o profissional trabalha as causas do distúrbio, sejam elas físicas ou psicológicas. “É levado em conta a rotina da pessoa, os problemas que ela passa e como ela encara tudo isso”, explicou Patrícia, “resgatamos a auto-estima do paciente e promovemos um debate que leva à reflexão sobre como ela vem levando a vida e no que isso pode estar prejudicando”.
A psicóloga ressalta que os resultados não são imediatos. “É preciso de tempo para observar melhoras. O tratamento é de médio a longo prazo, mas que pode trazer resultados muito satisfatórios”.
Uma sessão de acupuntura varia entre R$ 40 e R$150, dependendo da necessidade do paciente. No caso da psicoterapia clínica os valores ficam entre R$ 60 e R$150 dependendo do profissional.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Projetando o futuro

Para a maioria dos adolescentes do ensino médio, decidir qual carreira seguir pode ser uma incógnita. Alguns não se sentem preparados para uma decisão tão importante. Pesquisar sobre a área que deseja e conversar com profissionais pode ser de grande ajuda na hora de escolher o curso. “Ingressei na faculdade com dezessete anos. Eu não tinha certeza se era o curso que deveria fazer, mas não me arrependo. Hoje sou formado e gosto do que faço”, conta o designer Victor Hugo Leonel Lovato, (26).
Para a escolha da carreira, o estudante deve levar em consideração suas habilidades bem como satisfação pessoal. “Sempre gostei de desenhar. Moro em Arapongas, e por ser um dos maiores pólos moveleiros do país, vi aqui a oportunidade de unir o útil ao agradável e trabalhar no ramo”, conta o designer.
Outro aspecto importante é o apoio da família na hora da decisão. Segundo Lovato, embora o curso de Desenho Industrial não fosse muito conhecido na época e poucas pessoas o valorizassem, o incentivo da família foi fundamental na escolha.
Dependendo da profissão, requer escolher também qual ramo específico o profissional deseja atuar depois de formado. “O curso de D.I. é muito amplo. Em todo e qualquer lugar existe design. Posso trabalhar projetando produtos desde a parte funcional até a embalagem final, ou optar por fazer catálogos, propagandas, logomarcas, enfim, tudo relacionado à divulgação do produto. Não se pode querer fazer tudo. Você precisa descobrir o que gosta mais e ingressar naquele segmento”, pondera Victor Hugo.
O fator que mais interessa e ao mesmo tempo preocupa os jovens é a remuneração salarial, já que nem sempre o esperado acontece. “Eu me considero bem sucedido porque gosto do que faço. Mas financeiramente não me sinto satisfeito. Sempre trabalhei no campo moveleiro. Quando consegui meu primeiro emprego ganhava o mesmo salário de um estagiário. Hoje, depois de cinco anos após a formação, ganho o piso salarial que é de 1200,00 reais”, indigna-se Lovato.
No ponto de vista de Victor, para quem está na dúvida, ter a chance de adiar a decisão e fazer uma pausa sem perder o foco
na universidade pode ser muito produtivo. “Quando somos adolescentes nos vemos pressionados e inseguros. Não somos responsáveis o suficiente para dirigir com dezessete anos, por exemplo, mas temos de ser maduros para decidir o que faremos para o resto da vida”, argumenta.
Na opinião do designer o importante é tomar uma decisão acertada com consciência e tranqüilidade. “Não tenha medo de escolher a profissão errada. Se escolher errado, não tenha medo de desistir, se desistir, não tenha medo de recomeçar”.