sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Psicoterapia e acupuntura


Além dos remédios, outros tipos de tratamentos podem contribuir para a melhora do paciente e resgatar a qualidade de vida.

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão será a doença que afetará mais pessoas nos próximos 20 anos. Tanto a depressão como outros distúrbios emocionais afetam até mesmo pessoas que tem uma vida normal sem graves problemas de saúde física.
Geralmente, a primeira atitude tomada pela maioria das pessoas é procurar um especialista, como um psiquiatra, buscando alívio através de medicamentos. O que pouca gente sabe, porém, é que a medicina atual traz várias alternativas para lidar com doenças emocionais que não se resume aos medicamentos alopáticos. “Hoje em dia, a acupuntura já é reconhecida pela OMS como terapia no tratamento de mais de 40 doenças”, disse a farmacêutica-bioquímica, Renata Conselvan, especializada em acupuntura com aperfeiçoamento na China.
A acupuntura funciona trazendo equilíbrio ao organismo. O tratamento é feito com agulhas que provocam estímulos para equilibrar o que está em excesso ou em deficiência. Pessoas que sofrem de muita ansiedade, depressão, insônia ou stress podem recorrer à acupuntura como alternativa aos medicamentos. “Para os pacientes que já fazem uso dos remédios devidamente prescritos pelo médico, a acupuntura vem como complemento no tratamento da doença”, explica Renata.
O tratamento nestes casos é feito sempre com o acompanhamento do médico. “Tenho uma paciente que fez tratamento e conseguiu reduzir muito o medicamento. O ansiolítico diminuiu e ela parou com o remédio para dormir”, argumentou a acupunturista.
Na acupuntura, a cura pode ser possível, dependendo da gravidade da doença em questão. “O importante é que a acupuntura é feita primariamente como prevenção, mas a verdade é que as pessoas só nos procuram quando já estão com algum problema”, afirmou Renata.
Outra forma de tratamento são as diversas linhas de psicoterapia. A psicólogo Patrícia Hirata, doutora em , explica que quanto menos medicamento, melhor para o paciente. “Claro que se o paciente já utiliza remédio, o psicólogo não vai retirar. Porém, quanto antes se procurar um psicólogo melhor é”, afirmou.
Nas psicoterapias, o profissional trabalha as causas do distúrbio, sejam elas físicas ou psicológicas. “É levado em conta a rotina da pessoa, os problemas que ela passa e como ela encara tudo isso”, explicou Patrícia, “resgatamos a auto-estima do paciente e promovemos um debate que leva à reflexão sobre como ela vem levando a vida e no que isso pode estar prejudicando”.
A psicóloga ressalta que os resultados não são imediatos. “É preciso de tempo para observar melhoras. O tratamento é de médio a longo prazo, mas que pode trazer resultados muito satisfatórios”.
Uma sessão de acupuntura varia entre R$ 40 e R$150, dependendo da necessidade do paciente. No caso da psicoterapia clínica os valores ficam entre R$ 60 e R$150 dependendo do profissional.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Projetando o futuro

Para a maioria dos adolescentes do ensino médio, decidir qual carreira seguir pode ser uma incógnita. Alguns não se sentem preparados para uma decisão tão importante. Pesquisar sobre a área que deseja e conversar com profissionais pode ser de grande ajuda na hora de escolher o curso. “Ingressei na faculdade com dezessete anos. Eu não tinha certeza se era o curso que deveria fazer, mas não me arrependo. Hoje sou formado e gosto do que faço”, conta o designer Victor Hugo Leonel Lovato, (26).
Para a escolha da carreira, o estudante deve levar em consideração suas habilidades bem como satisfação pessoal. “Sempre gostei de desenhar. Moro em Arapongas, e por ser um dos maiores pólos moveleiros do país, vi aqui a oportunidade de unir o útil ao agradável e trabalhar no ramo”, conta o designer.
Outro aspecto importante é o apoio da família na hora da decisão. Segundo Lovato, embora o curso de Desenho Industrial não fosse muito conhecido na época e poucas pessoas o valorizassem, o incentivo da família foi fundamental na escolha.
Dependendo da profissão, requer escolher também qual ramo específico o profissional deseja atuar depois de formado. “O curso de D.I. é muito amplo. Em todo e qualquer lugar existe design. Posso trabalhar projetando produtos desde a parte funcional até a embalagem final, ou optar por fazer catálogos, propagandas, logomarcas, enfim, tudo relacionado à divulgação do produto. Não se pode querer fazer tudo. Você precisa descobrir o que gosta mais e ingressar naquele segmento”, pondera Victor Hugo.
O fator que mais interessa e ao mesmo tempo preocupa os jovens é a remuneração salarial, já que nem sempre o esperado acontece. “Eu me considero bem sucedido porque gosto do que faço. Mas financeiramente não me sinto satisfeito. Sempre trabalhei no campo moveleiro. Quando consegui meu primeiro emprego ganhava o mesmo salário de um estagiário. Hoje, depois de cinco anos após a formação, ganho o piso salarial que é de 1200,00 reais”, indigna-se Lovato.
No ponto de vista de Victor, para quem está na dúvida, ter a chance de adiar a decisão e fazer uma pausa sem perder o foco
na universidade pode ser muito produtivo. “Quando somos adolescentes nos vemos pressionados e inseguros. Não somos responsáveis o suficiente para dirigir com dezessete anos, por exemplo, mas temos de ser maduros para decidir o que faremos para o resto da vida”, argumenta.
Na opinião do designer o importante é tomar uma decisão acertada com consciência e tranqüilidade. “Não tenha medo de escolher a profissão errada. Se escolher errado, não tenha medo de desistir, se desistir, não tenha medo de recomeçar”.