terça-feira, 27 de outubro de 2009

Projetando o futuro

Para a maioria dos adolescentes do ensino médio, decidir qual carreira seguir pode ser uma incógnita. Alguns não se sentem preparados para uma decisão tão importante. Pesquisar sobre a área que deseja e conversar com profissionais pode ser de grande ajuda na hora de escolher o curso. “Ingressei na faculdade com dezessete anos. Eu não tinha certeza se era o curso que deveria fazer, mas não me arrependo. Hoje sou formado e gosto do que faço”, conta o designer Victor Hugo Leonel Lovato, (26).
Para a escolha da carreira, o estudante deve levar em consideração suas habilidades bem como satisfação pessoal. “Sempre gostei de desenhar. Moro em Arapongas, e por ser um dos maiores pólos moveleiros do país, vi aqui a oportunidade de unir o útil ao agradável e trabalhar no ramo”, conta o designer.
Outro aspecto importante é o apoio da família na hora da decisão. Segundo Lovato, embora o curso de Desenho Industrial não fosse muito conhecido na época e poucas pessoas o valorizassem, o incentivo da família foi fundamental na escolha.
Dependendo da profissão, requer escolher também qual ramo específico o profissional deseja atuar depois de formado. “O curso de D.I. é muito amplo. Em todo e qualquer lugar existe design. Posso trabalhar projetando produtos desde a parte funcional até a embalagem final, ou optar por fazer catálogos, propagandas, logomarcas, enfim, tudo relacionado à divulgação do produto. Não se pode querer fazer tudo. Você precisa descobrir o que gosta mais e ingressar naquele segmento”, pondera Victor Hugo.
O fator que mais interessa e ao mesmo tempo preocupa os jovens é a remuneração salarial, já que nem sempre o esperado acontece. “Eu me considero bem sucedido porque gosto do que faço. Mas financeiramente não me sinto satisfeito. Sempre trabalhei no campo moveleiro. Quando consegui meu primeiro emprego ganhava o mesmo salário de um estagiário. Hoje, depois de cinco anos após a formação, ganho o piso salarial que é de 1200,00 reais”, indigna-se Lovato.
No ponto de vista de Victor, para quem está na dúvida, ter a chance de adiar a decisão e fazer uma pausa sem perder o foco
na universidade pode ser muito produtivo. “Quando somos adolescentes nos vemos pressionados e inseguros. Não somos responsáveis o suficiente para dirigir com dezessete anos, por exemplo, mas temos de ser maduros para decidir o que faremos para o resto da vida”, argumenta.
Na opinião do designer o importante é tomar uma decisão acertada com consciência e tranqüilidade. “Não tenha medo de escolher a profissão errada. Se escolher errado, não tenha medo de desistir, se desistir, não tenha medo de recomeçar”.

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